quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Me dê sua alegria!

Me dê sua alegria.
Não quero saber da sua mágoa ou do seu sofrimento;
Pago pelo seu sorriso, sua peripécia e sua habilidade.
Quero apenas seus quinze minutos de picadeiro e não me importarei mais com o porvir assim que desfizer sua maquiagem e colocar a roupa de dormir.

Quero prazer.
Quero sentir desconforto de tanto rir.
 Não quero pensar. Sou egoísta demasiadamente para isso.
Cores, piadas, brincadeiras e barulho... tudo para me fazer feliz nem que seja por um pequeno instante. É assim que quero desfrutar de sua ousadia e de seus trejeitos num espaço onde se torna tão esperado.

Mas...
E depois que meu egoísmo cessar, as luzes se acenderem e as cortinas da saída se abrirem?
E depois que a rotina ocupar novamente seu lugar e o riso espontâneo não mais acontecer?
Quando me der conta que um dia precisei que você professasse que era o responsável por me fazer conhecer a alegria e sua ausência?

Aí terei a certeza que dependo de você e da sua disponibilidade em me fazer feliz, nem que seja por um pequeno instante;
Que preciso de sua presença para conhecer a distância entre o riso e a lágrima,
E darei importância a algo que jamais havia me permitido refletir.

Enxergarei alguém que existe atrás desta maquiagem e deste excesso de fantasias,
E pensarei que você precisa andar mais que muita gente “importante” para que todos conheçam o que de fato é importante.

Me dê sua agonia, sua angustia e seu lamentar.
Entendo sua fraqueza quando não conseguir mais me fazer sorrir.
Compreendo sua humanidade e seu lado maduro de sofrer.
Agora sei que aí bate um coração que não é feito de aço,

É apenas o coração onde mora o sentimento de um palhaço...

Nenhum comentário:

Postar um comentário