Não quero saber da sua mágoa ou
do seu sofrimento;
Pago pelo seu sorriso, sua
peripécia e sua habilidade.
Quero apenas seus quinze minutos
de picadeiro e não me importarei mais com o porvir assim que desfizer sua
maquiagem e colocar a roupa de dormir.
Quero prazer.
Quero sentir desconforto de tanto
rir.
Não quero pensar. Sou egoísta demasiadamente
para isso.
Cores, piadas, brincadeiras e
barulho... tudo para me fazer feliz nem que seja por um pequeno instante. É assim
que quero desfrutar de sua ousadia e de seus trejeitos num espaço onde se torna
tão esperado.
E depois que meu egoísmo cessar,
as luzes se acenderem e as cortinas da saída se abrirem?
E depois que a rotina ocupar
novamente seu lugar e o riso espontâneo não mais acontecer?
Quando me der conta que um dia
precisei que você professasse que era o responsável por me fazer conhecer a
alegria e sua ausência?
Aí terei a certeza que dependo de
você e da sua disponibilidade em me fazer feliz, nem que seja por um pequeno
instante;
Que preciso de sua presença para
conhecer a distância entre o riso e a lágrima,
E darei importância a algo que
jamais havia me permitido refletir.
Enxergarei alguém que existe
atrás desta maquiagem e deste excesso de fantasias,
E pensarei que você precisa andar
mais que muita gente “importante” para que todos conheçam o que de fato é
importante.
Entendo sua fraqueza quando não
conseguir mais me fazer sorrir.
Compreendo sua humanidade e seu
lado maduro de sofrer.
Agora sei que aí bate um coração
que não é feito de aço,
É apenas o coração onde mora o
sentimento de um palhaço...
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