terça-feira, 23 de abril de 2013

Um ciclo que se encerra....


Vivo os últimos dias dos meus vinte e cinco anos. E os tenho vivido no paradoxo de um espírito de gratidão, de ternura e de ansiedade. Ao remeter o olhar e a lembrança para as últimas trezentas e sessenta manhãs que se ascenderam, só me resta o gesto de agradecer. Ao Criador Supremo, àqueles que caminharam comigo e aos tantos que por variados motivos se afastaram. Tempo de colher os frutos do que foi plantado. Vejo germinar nestes dias a colheita da boa semente que joguei. E para o que não realizou-se conforme desejado e quisto, reflito ternura. Sentimento que nos faz acolher de maneira tranquila os resultados não tão bem sucedidos e que nos aponta, para além desta colheita, um campo verde, terra afagada e cheia de vida e de vontade para o que há de vir. Conquistas, perdas, encontros e desencontros! Ansiedade. O que é novo e que me espera como um desbravador se torna impulso de ansiedade. No entanto, que venha! Eis-me um tanto mais crescido, mais maduro e mais disposto. Estes belos dias em que encerro o ciclo de um quarto de século vivido, celebro o orgulho de olhar ao redor e perceber que nada ainda está construído, porém que os alicerces estão assentados. Este ano em palavras? Audácia, coragem, confiança e persistência. Frutos? Identidade, satisfação e realização. Me incomodaria terminar este artigo sem encontrar, na palavra que inspira, algo que palavreasse o ano que encerro. Com o salmista quero rezar "A nossa alma escapou, como um pássaro do laço que lhe armara o caçador!" (Sl. 124).
Obrigado. Assim seja.

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